“Violeta foi Para o Céu” (Violeta se fue a los Cielos), sexto longa do diretor chileno Andrés Wood (Machuca, 2004) é um belo filme biográfico sobre a cantora e artista plástica Violeta Parra, considerada a mais importante folclorista do Chile e fundadora da música popular chilena.
Premiado em festivais internacionais, filme entra em cartaz nesse fim de semana nos cinemas brasileiros e é baseado na biografia escrita por Ángel Parra, filho da artista. Andrés nos apresenta a trajetória da cantora, além de cantora também pintava quadros e chegou a ter uma exposição no conceituado museu do Louvre, na França.
Durante o filme descobrimos que Parra passa a amar um homem que vai para outra cidade e a deixa. Isso acaba por deixá-la em uma grande depressão. Ela acaba passando seus últimos anos em uma espécie de “barraca” construída pelo prefeito de uma cidade local, lá artistas de países vizinhos e regionais se apresentam.
Filme peca por não mostrar a importância de Violeta para o Chile, parece que o diretor não quis focar nisso e sim no poder da artista e fazer com que seus feitos sejam conhecidos por todos. Talvez em uma série daria mais tempo para contar tudo o que ela fez de importante para o país. O roteiro é fraco, mas dá para ter uma noção de quão grande a cantora foi.
A atriz Francisca Gavilá teve uma interpretação a altura do ícone e conseguiu passar ao público o poder de Violeta e fez-se entender o gênio forte de Parra. Outro ponto forte do longa é a trilha sonora, poderosa e com belas canções de Violeta. “Violeta foi Para o Céu” é recomendável para quem não a conhece e para quem gosta de cultura.