Uma história com tom de melancolia. É assim que pode classificar o filme “Os Acompanhantes”, com Kevin Kline (Será que ele é), Paul Dano (Encontro Explosivo) e Katie Holmes (Batman Begins).
Kline, que já viveu no cinema um homem sexualmente indeciso e o Inspetor Dreyfus, em “A Pantera Cor de Rosa”, também estrelado por Steven Martin, agora interpreta o experiente dramaturgo, Henry Harrison, um solteiro convicto e que passa a ganhar dinheiro como acompanhante de viúvas ricas.
Com a necessidade de dividir o apartamento, ele acaba conhecendo Louis Ives (Dano), um jovem que sonha em ser escritor e que perde o emprego após um episódio constrangedor.
Depois de se mudar para a casa de Harrison, Louis encontra um novo emprego e passa a sentir algo diferente pela colega Mary Powell (Holmes), uma naturalista ao extremo. Mesmo atolado no trabalho, Louis passa a conviver mais com seu colega de quarto, tornando-se um pupilo na profissão de levar as velhinhas em festas e eventos da alta sociedade.
Por conta das tristezas e frustrações dos dois personagens principais, o drama acaba tomando conta do filme. No início imagina-se que se trata de uma comédia, mas ao longo da trama aparecem às dificuldades e as decepções de cada um, o que altera o rumo da história.
O ritmo também é lento e chega a cansar em certos pontos. No entanto, vale destacar o entrosamento entre os protagonistas durante as cenas. Quem aparece pouco, mas que chega a divertir é John C. Reilly (Quase irmãos), no papel de Gershon, o vizinho de Henry que fala com a voz fina.
Baseado em um livro de Jonathan Ames, “Os Acompanhantes” certamente é um filme que não levará muita gente ao cinema e que deve funcionar melhor com as pessoas assistindo em suas casas.
Texto por PEDRO TRITTO