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O jornalista e amigo Celbi Vagner Pegoraro postou hoje no seu site Animagic uma matéria bem interessante falando que os estúdios Disney e da Pixar resolveram não mais apoiar os prêmios Annie, uma das maiores festa da animação dos Estados Unidos. Abaixo você encontra a matéria completa e para mais informações sobre o mundo da animação, confira o nosso parceiro Animagic.

Após patrocinar a grande festa da animação nos EUA – os prêmios Annie – desde 1972, os estúdios Disney e Pixar decidiram não apoiar ou inscrever candidatos este ano.  Após mais de um ano de discussões com o conselho da ASIFA Hollywood (promotora do evento), o presidente da divisão dos estúdios de animação Ed Catmull afirmou que relutantemente decidiram não mais participar da premiação.

Um dos problemas apontados é o modo como os prêmios Annies têm sido julgados e a Disney busca uma solução com o conselho. Mas após alguns passos dados, a Disney recebeu a informação que nenhuma mudança seria feita. Segundo a Variety publica, muitos estão comentando que este movimento por parte da Disney pode balançar as estruturas da ASIFA-Hollywood, uma forte organização com 5 mil membros entre profissionais da animação e entusiastas, o chefe da organização Antran Manoogian insiste que os lançamentos deste ano – “Toy Story 3” e “Enrolados” poderão competir.

Até poucos uma década atrás, o prêmio Annie era o maior reconhecimento em solo americano para os filmes de animação, mas após a abertura de espaço em premiações como o Oscar e o Globo de Ouro, há uma pressão para que a ASIFA faça uma reavaliação de como é feito todo o processo para continuar com credibilidade.

Para Manoogiean, os Annies se tornaram conhecidos como um prêmio da comunidade da animação e há uma insistência para que o padrão se mantenha onde apenas profissionais qualificados possam votar para determinar os vencedores. Um dos obstáculos, porém, é que qualquer um pode comprar sua adesão (do mesmo como como fazem na Film Independent, onde os membros inscritos podem votar no Spirit Awards). Já na Academia (Oscar) apenas membros especificos da indústria podem votar.

Diversos críticos, incluindo pessoal da Disney, tem criticado que a distribuição dessas adesões está sendo favorável a DreamWorks Animations, que dá a todo novo empregado uma adesão na ASIFA tão logo entrem na empresa. Enquanto isso não barrou a Pixar de ganhar seis dos últimos 10 prêmios Annie de Melhor Filme de Animação, vale lembrar que em 2009 foi “Kung Fu Panda” e não “Wall-E” que levou o prêmio principal.

Em resposta as pressões da Disney, a ASIFA apertou as regras no último ano limitando a votação nas categorias de talento individuais apenas para profissionais da área (estudantes e não-profissionais continuam permitidos de votar nas categorias de produção – incluindo Melhor Filme). Isso foi um passo para as mudanças drásticas deste ano, que requerem que todos os membros que desejam votar passem por um comitê – não-profissionais não poderão votar em qualquer categoria.

Isso não foi suficiente para o chefão da Disney, Catmull, que chamou um comitê consultivo com executivos de cada estúdio para recomendar mudanças nas regras ao conselho da ASIFA. Catmull enviou e-mail a todos os animadores informando a posição da Disney/Pixar, mas encoraja que indivíduos que mantenham sua adesão e apoiem os Annies se acharem adequado.

A Disney não irá inscrever seus filmes como os demais estúdios, mas produtores e artistas poderão inscrever seus próprios trabalhos até a data limite de 15 de outubro. Mesmo se artistas individualmente não se inscrevam, Manoogian espera que a Disney e a Pixar estam bem representadas em futuras votações.

O Animagic já discutiu no passado que a estrutura atual do prêmio Annie tornava impossível uma comparação direta e fiel com as categorias de animação de outras premiações (caso do Oscar). Nem sempre o melhor filme para os Annies é o melhor para os outros.

Author: Léo Francisco

Você nunca teve um amigo assim! Jornalista cultural, cinéfilo, assessor de imprensa, podcaster e fã de filmes da Disney e desenhos animados. Escrevo sobre cinema e Disney há mais de 18 anos e comecei a trabalhar com assessoria de imprensa em 2010. Além de fundador do Cadê o Léo?!, lançado em 13 de julho de 2002, também tenho um podcast chamado Papo Animado e um canal no YouTube.