Uma das profissões mais cruéis, certamente, é a de árbitro de futebol. Quem nunca foi ao estádio e xingou, pelo menos uma vez, a mãe do juiz por ele não validar um gol do seu time ou por não marcar um pênalti ou um outro lance qualquer?
O fato é que durante os 90 minutos, sabemos muito bem como é a vida deste profissional, mas o que acontece depois do apito final? Como é o seu dia a dia fora dos gramados? O canal de TV a cabo, HBO, lançou no dia 26 de agosto a série fdp, criada por José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta, que relata mais detalhes da pessoal de um árbitro. Ela passa aos domingos, às 20h30. A primeira temporada terá 12 episódios.
Na história, Juarez Gomes da Silva (Eucir de Souza), apita jogos profissionais e sonha em participar da final da Copa do Mundo. Para isso, ele conta com ajuda dos assistentes e seus amigos, Roberto Carvalhosa (Paulo Tiefenthaler) e Serjão (Saulo Vasconselos). O primeiro faz o tipo mulherengo e espalhafatoso, enquanto o segundo é mais reservado e comedido em suas ações.
Acontece que, além da forte pressão exigida na hora das partidas, Juarez precisa arrumar sua tumultuada vida pessoal, pois está se divorciando de sua a esposa, Manuela (Cinthia Falabella, irmã da atriz Débora Falabella), e sendo obrigado a ficar longe de seu filho e morar na casa de sua mãe, que está com novo namorado. O resultado de tudo isso são diversas intrigas e conflitos.
Se analisarmos o lado esportivo, quem acompanha o gênero vai perceber referências de personalidades da vida real. Por exemplo, há o apresentador que sempre abre uma brecha durante o programa para anunciar um produto, a bandeirinha bonita que vai posar nua para uma revista masculina e as torcidas dos principais clubes do Brasil, que são facilmente reconhecidas nas imagens durante os jogos.
O ponto mais forte da série é justamente a humanização do árbitro. Durante uma partida de futebol, todos esquecem que ele também tem família, contas para pagar e outras pendências de um trabalhador comum. Conhecer este lado novo é bem interessante, permitindo que pessoas, sejam elas juízes ou não, se identifiquem com os problemas do protagonista.
ESPECIAL “FDP”
Matéria de Pedro Tritto