Um dos destaques do Festival Varilux de Cinema Francês do ano passado, a animação Asterix e o Domínio dos Deuses (Astérix: Le Domaine des Dieux) será lançado nos cinemas brasileiros no próximo dia 17 de março, em versões 3D e 2D, com cópias dubladas e legendadas, pela Bonfilm.

O gordo e o magro mais famosos da França estão de volta. E, desta vez, numa aventura ecológica. Asterix e Obelix querem proteger a floresta e o modo de vida simples da aldeia dos planos ambiciosos do imperador romano Julio Cesar.

Dirigido por Alexandre Astier e Louis Clichy, o filme de animação é a primeira adaptação em 3D da mais famosa HQ francesa e foi produzido em 2014, levando cerca de três milhões de franceses aos cinemas. Confira abaixo as versões dubladas e legendadas do trailer do animado:

TRAILER DUBLADO

TRAILER LEGENDADO

Ficamos muito felizes em poder trazer mais uma aventura do Asterix e Obelix para os cinemas brasileiros. As histórias da dupla se tornaram uma tradição no mundo inteiro com tradução para mais de 80 idiomas. E no Brasil também arrebatou gerações e se tornou um grande clássico. Estamos na expectativa de alcançar um grande público entre crianças, jovens e adultos“, comemora o diretor da Bonfilm, Christian Boudier.

O novo longa mostra o personagem mais famoso das histórias em quadrinhos da França enfrentando o imponente Júlio César. O imperador romano decide mudar sua tática de guerra e instalar um novo condomínio de luxo ao redor da aldeia gaulesa e, enquanto Asterix e Obelix veem com desconfiança essa nova construção, que ameaça o estilo de vida simples e a preservação da natureza, os gauleses parecem cada vez mais aceitar a dominação romana.

A instalação do “Templo dos Deuses” nos arredores da pequena aldeia faz com que Asterix e Obelix precisem tomar uma solução que impeça o crescimento do império de Júlio Cesar e seja prejudicial ao meio ambiente. Encantados pela riqueza do novo condomínio, os gauleses não percebem a tentativa dos romanos de conquistarem a aldeia, e lentamente vão se acostumando ao estilo de vida ganancioso deles.

Os diretores Alexandre Astier e Louis Clichy reinventaram com talento, graça e elegância este número cult da série!“, afirmou a filha do autor de Asterix, Anne Goscinny. “Ultrapassamos os quadrinhos, fazendo os personagens evoluírem num universo mais aberto, mais rico e mais realista”, completa Clichy.

COMERCIAL DE 30 SEGUNDOS

Sinopse: O imperador romano Júlio César sempre quis derrotar os irredutíveis gauleses, mas jamais teve sucesso em seus planos de conquista. Até que, um dia, ele resolve mudar de estratégia. Ao invés de atacá-los, passa a oferecer os prazeres da civilização aos gauleses. Desta forma, Júlio César ordena a construção da Terra dos Deuses ao redor da vila gaulesa, de forma a impressioná-los e, assim, convencê-los a se unir ao império romano. Só que a dupla Asterix e Obelix não está nem um pouco disposta a cooperar com os planos de César.

Sobre os Diretores
Diretor e animador formado pela conceituada escola de imagem Gobelins, Louis Clichy escreveu e dirigiu o filme “A quoi ça sert l’amour”, sobre a música homônima de Edith Piaf. O sucesso da obra abriu as portas para Clichy como animador na Pixar onde é conhecido por seus trabalhos em “Corneil e Bernie”, “Wall-e” e “Up: Altas Aventuras”. Fez sua estreia no mundo da música dirigindo o videoclipe “Du monde tout autor” da banda francesa Louise Attaque .

Astier é ator, roteirista e diretor, e seu primeiro papel foi no cinema no filme “Comme t’y es belle!” ao lado de Michéle Laroque, e em seguida participa em 2007 do sucesso de público francês “Astérix nos Jogos Olímpicos”. Alexandre Astier tem sua carreira consagrada com a criação da série “Kaamelott”, na qual também interpreta o papel de Rei Arthur. Ao longo dos anos desenvolve projetos como produtor e compositor de trilha sonora mas também exerce a função de roteirista e diretor, quando lança seu primeiro longa em 2012, “David e Madame Hansen”.

A criação do fenômeno Asterix
É em 1959 que começa a aventura Asterix, com uma primeira aparição no número zero da revista “Pilote”. Albert Uderzo se lembra: “Encontramos François Clauteaux que queria criar um jornal para crianças francesas. Na época, fora os títulos belgas Tintim e Spirou, os jornais eram repletos de quadrinhos americanos. Nessa época de pós-guerra quando as influências eram muito fortes, ele queria que as crianças pudessem ler histórias nas quais a cultura francesa fosse predominante”.

Algumas semanas antes de 29 de outubro, os autores René Goscinny e Albert Uderzo estão sob pressão, pois precisam encarar um formidável desafio: criar uma série em quadrinhos original saída da cultura francesa. Eles já trabalharam no “Roman de Renart”, mas ficam sabendo que outro autor de quadrinhos já tinha explorado essa história. Eles só têm três semanas para criar um personagem. É preciso um anti-herói, não forte, não musculoso, não muito grande, não muito inteligente, mas que deverá ser esperto… Após muitas reflexões, eles reveem a História da França. E, de repente, o período dos gauleses e seus nomes com sons musicais e engraçados se impõe a eles. René Goscinny conta: “Esses gauleses que, curiosamente, estavam meio esquecidos na França, nos pareciam ser um tema cheio de possibilidades! Inspirando-nos no nome de Vercingétorix, lembranças das primeiras aulas de História da nossa infância, logo batizamos nossos personagens: Asterix, Obelix, Panoramix, e outros “ix”. Nossos romanos terão nomes em “us”, como por exemplo: Encorutilfaluquejelesus. Suas cidades, nomes terminando em “um”: Babaorum, Aquarium, Petibonum”.

Assim nasceu Asterix. Ele devia ser solitário, pois não queriam um auxiliar. Mas Albert Uderzo é cabeçudo e desenha um grande gaulês, grande como ele gosta: será Obelix! Rapidamente, essa série em quadrinhos, “As Aventuras de Asterix o Gaulês”, toma um espaço incrível: a primeira história em quadrinhos é publicada em 1961 e vende a 6.000 exemplares, 10 anos depois, o 17º livro história em quadrinhos de “O Domínio dos Deuses” vende mais de um milhão de exemplares. Os quadrinhos, agora cult, fazem de Asterix o gaulês mais conhecido do mundo! Hoje, a série em quadrinhos tem 35 números, traduzidos em mais de 110 línguas e dialetos, 355 milhões de livros de histórias em quadrinhos foram vendidos pelo mundo. Isso representa 13.000 toneladas de quadrinhos, o equivalente em peso a 13 milhões de javalis – dá para satisfazer o apetite de Obelix!

Author: Léo Francisco

Você nunca teve um amigo assim! Jornalista cultural, cinéfilo, assessor de imprensa, podcaster e fã de filmes da Disney e desenhos animados. Escrevo sobre cinema e Disney há mais de 18 anos e comecei a trabalhar com assessoria de imprensa em 2010. Além de fundador do Cadê o Léo?!, lançado em 13 de julho de 2002, também tenho um podcast chamado Papo Animado e um canal no YouTube.