A Walt Disney Records lança no mercado nacional na semana que vem os dois CDs da trilha sonora de “Alice no País das Maravilhas“, agendada para chegar aos cinemas no dia 23 de Abril. O estúdio já começou a divulgar em seus canais os dois álbuns que celebram a magia da obra de Lewis Carroll, levada às telas pelo visionário Tim Burton.

Almost Alice” é uma compilação de 16 canções, incluindo o tema dos créditos finais do filme, Alice (Underground), escrita por Avril Lavigne e produzida por Butch Walker. E, a partir de 24 de março, o CD chega às lojas de todo o país. A trilha sonora original do filme, assinada pelo compositor Danny Elfman, também será lançada Brasil no mesmo dia. Formado por um eclético grupo de artistas e canções originais, baseadas em alguns dos personagens literários, Almost Alice traz faixas como In Transit, interpretada por Mark Hoppus e Pete Wentz, The Poison, com The All-American Rejects, Her Name Is Alice, com Shinedown, The Lobster Quadrille, com Franz Ferdinand, Strange, com Tokio Hotel y Kerli, e Very Good Advice, interpretada por Robert Smith (do grupo The Cure).

Esta última faixa foi a única extraída da animação original lançada pela Disney em 1951 nos cinemas. Elfman, responsável pela trilha sonora do filme, é um dos maiores compositores cinematográficos de Hollywood, com cerca de 50 trilhas em seu currículo, incluindo as de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, “Milk”, “Chicago”, “Batman”, “MIB – Homens de Preto” e “Edward Mãos de Tesoura“.

Além disso, o site Opinião & Opção trouxe uma matéria muito boa comparando os diversos filmes já lançados da obra de Lewis Carroll e a Folha de S. Paulo teve uma de suas jornalistas convidas pela própria Disney para participar de uma mesa-redonda com o diretor Tim Burton. Então, como não temos essas regalias, infelizmente a Disney acaba não valorizando e esquece os sites que divulgam ela de graça como nós, mas segue abaixo o material divulgada na semana passada, que vale a pena conferir:

O que lhe interessou na obra de Lewis Carroll?
Burton – Os personagens. Eles estão tão arraigados na nossa cultura, tão poderosos, que não precisei ler Carroll na infância para conhecê-los ou para saber que aquilo era fascinante.

Por que esses personagens têm tanto impacto até hoje?
Burton – Essa é a beleza da obra de Carroll. Por mais que tenham sido feitas mil análises, “Alice no País das Maravilhas” permanece um enigma. Entrar em contato com a história é como quebrar o “Código Da Vinci”! Carroll fez algo que você não consegue penetrar via raciocínio lógico, mas que dialoga com algo profundo e subconsciente. Para mim, esse é o tipo de criação mais puro que há.

A fronteira entre sonho e realidade, muito forte em “Alice”, é o território preferencial de seus filmes. Por que?
Burton – Porque o mundo está ficando mais estranho, e não mais normal! E as pessoas continuam tentando separar realidade de fantasia, quando essa divisão está cada vez mais embaralhada por conta da internet e da TV. Para mim, fantasia sempre foi uma forma de explorar a realidade. Por isso gostei tanto de “Alice”, uma história em que imagens bizarras criadas pela mente são, no fim das contas, reais e servem para lidar com questões concretas.

O quanto pôde mudar a história original?
Burton – Existem mais de 20 versões de “Alice” que, a meu ver, sofrem do mesmo problema: são muito literais. Nunca me conectei com elas. Queria ser fiel ao legado e ao espírito dos personagens, e não à história em si. Segui meus instintos sem medo. Além do que, o material já é esquisito o suficiente! É algo tão subversivo que, se fosse feito hoje em dia, provavelmente seria banido!

Seu primeiro emprego foi na Disney. Como foi essa volta?
Burton– É uma relação de amor e ódio. Uma hora a Disney me adora e me convida para projetos, depois me odeia e me chuta para fora [risos]. Isso já aconteceu e deve continuar.

Como foi trabalhar em 3D? É este o futuro do cinema?
Burton – É uma ferramenta com o potencial de adicionar uma camada extra de sensações. Existe a música, a cor, o movimento… e o 3D! Mas não vai salvar o cinema. Pode acreditar que nos próximos meses será lançada uma porção de filmes 3D porcarias porque tem gente achando que basta ser 3D para ser bom. É a nova onda.

Com o roteiro de Linda Woolverton, o filme traz uma abordagem mágica e criativa em 3D, de uma das mais adoradas histórias de todos os tempos. Johnny Depp estrela como o Chapeleiro Maluco e Mia Wasikowska como Alice, de 19 anos, que retorna ao mundo mágico que ela encontrou pela primeira vez quando criança e volta a se reunir com seus amigos de infância: o Coelho Branco, Tweedle-Dee e Tweedle-Dum, o Dormidongo, a Lagarta, o Gato Risonho e, é claro, o Chapeleiro Maluco. Alice embarca em uma jornada fantástica para encontrar seu verdadeiro destino e acabar com o reino de terror da Rainha Vermelha. O elenco estelar também inclui Anne Hathaway, Helena Bonham Carter e Crispin Glover.

Alice no País das Maravilhas” estréia no Brasil, nas salas de cinema tradicionais, 3D e IMAX 3D, apenas no dia 23 de Abril de 2010, mais de um mês depois do lançamento nos Estados Unidos. Segue abaixo a matéria do Fantástico, programa exibido no último domingo, na Rede Globo.

MATÉRIA DO FANTÁSTICO

Author: Léo Francisco

Você nunca teve um amigo assim! Jornalista cultural, cinéfilo, assessor de imprensa, podcaster e fã de filmes da Disney e desenhos animados. Escrevo sobre cinema e Disney há mais de 18 anos e comecei a trabalhar com assessoria de imprensa em 2010. Além de fundador do Cadê o Léo?!, lançado em 13 de julho de 2002, também tenho um podcast chamado Papo Animado e um canal no YouTube.